sexta-feira, 25 de setembro de 2009

12º ENCONTRO

O décimo segundo encontro dos docentes de Língua Portuguesa, do Gestar II, ocorreu no dia 16 setembro de 2009, no auditório da SDR de Maravilha. Foi um dia de Socialização dos Projetos que cada Cursista desenvolve em sua Escola.
Os professores demostraram preocupação, interesse e comprometimento efetivo com a qualidade do ensino na sua prática escolar, visto a diversidade de projetos apresentados.
Como a grande parte dos Projetos versou sobre a Leitura, deixo como reflexão um texto de Gabriel Perissé, para aprofundarmos nossa discussão sobre este tema.
A leitura, sempre e de novo
Sobre a leitura nunquam satis (nunca se fala demais), e, praticando-a, já dizia Sêneca com relação à aprendizagem, nunquam satis discitur, nunca se aprende o suficiente. Leitura é infinito aprendizado. Sempre e de novo aprendemos com a própria leitura que ler é refletir, apreciar, admirar-se, sair do quase-conhecido para o melhor-conhecido.
Leitura no Brasil, então, é tema sobre o qual nunca se falará demasiado, pois ainda poucos são os nossos leitores plenos em comparação com o número de nossos habitantes. Podem-se abrir bibliotecas (e muitas deveriam ainda ser abertas, ampliadas, modernizadas), podem-se realizar campanhas nacionais incentivando a leitura, podem-se escrever livros e ensaios sobre o quão importante é ler, mas ninguém consegue (ainda bem!) obrigar alguém a ler. E um número enorme de brasileiros, como muitos de nós bem sabemos, leem pouco e leem mal. Segundo dados da Câmara Brasileira do Livro, entre a população adulta alfabetizada apenas cerca de 30% realmente gosta de ler e lê efetivamente.
No início de mais um texto sobre a leitura, analisemos dois dados dessa pesquisa Retrato da leitura no Brasil”, realizada e divulgada pela CBL. Embora sejam apenas números, passíveis e até diria carentes de interpretação adequada e de contextualização, constituem uma fonte de informação aproveitável.
Diz a pesquisa que 17 milhões de brasileiros declaram não gostar de ler. Sabem ler, supõe-se, mas não gostam, não encontram prazer no contato com a cultura escrita, ficam indiferentes perante a possibilidade de lerem um romance, um poema etc. Não sabem saborear uma frase como, por exemplo, esta que tenho à mão — “Todo vivente forma uma atmosfera em torno de si”. Frase tão genial quanto simples, capaz de abrir perspectivas de pensamento, de compreensão do mundo.
Quem lê entra em contato com a atmosfera formada por aquele livro que tem entre as mãos. O livro é, de certa maneira, um ser vivente ou, mais precisamente, seguindo a terminologia de Alfonso López Quintás, o livro torna-se um âmbito, realidade não redutível a mero objeto. Desta realidade ambital emana uma atmosfera, e nela penetrando respiramos novos ares, alimentamos nossos “pulmões cerebrais” (que não se restringem ao cérebro...) de ideias, soluções verbais, sentimentos, imagens. O não-leitor corre o risco de asfixiar-se intelectual e espiritualmente por falta de contato com o oxigênio da leitura.
Pensando mais detidamente, esses 17 milhões de brasileiros (cifra que corresponde à população da Grande São Paulo, hoje, ou também à atual população do estado de Minas Gerais) não sabem ler, no sentido existencial da palavra. Não compreenderam, ou não tiveram a oportunidade real de aspirar os bons ares de uma boa leitura, e se encontram, no meu modo de entender, numa situação de profunda precariedade cultural e humana, embora, como já nos alertava McLuhan, devamos lembrar que a cultura não se restringe ao livro, manifestando-se nos meios de comunicação em geral, em festas populares, literatura oral etc.
Por outro lado, a mesma pesquisa, considerando a população alfabetizada brasileira maior de 14 anos ( 86 milhões), revela que nosso consumo de livros per capita é de 3,87 por habitante/ano. Passamos a maior parte do dia evitando a leitura, ou dela simplesmente apartados. Ignoramos a realidade do livro. Não vemos os livros que porventura estão ao nosso redor. Não nos embrenhamos diariamente nessas páginas das quais emana a atmosfera da linguagem viva.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

11º ENCONTRO

O 11º Encontro dos professores de Língua Portuguesa, Gestar II, aconteceu no auditório da SDR de Maravilha, no dia 02 de setembro de 2009, com duração de 8h. Foi um dia marcado por momentos de socialização, nostalgia, análises, desabafos e reflexões acerca do Ser Professor-Educador na sociedade atual. Os suportes utilizados foram Os textos de Leonardo Boff e Frei Beto, em forma de Slides, sobre o último Fórum Social Mundial; o TP5; o filme Os Narradores de Javé e as experiências de cada docente. Neste dia também tivemos o privilégio de sermos contemplados com uma belíssima apresentação de Paródias feitas pelos alunos de Saltinho, num concurso interno, cujo tema foi Trabalho. Os professores desta escola estão de parabéns. Pois bem, refletindo-se sobre esses fatos e conteúdos estudados chega-se à conclusão que, se as relações vão bem e algumas atividades programadas alcançaram seus objetivos e outras vezes não, é porque ouve alguma falha no processo dialógico. Uma das partes não dialogou, ficou no monólogo. Então, como diz Cláudio C. Sanches, " é preciso refletir sobre as inquietações e questionamentos da escola à luz das teorias, do Gestar II, que estão sendo a referência as suas práticas, ao menos para os cursistas deste progama. É preciso estar motivado pelo desejo de mudança, objetivando uma aprendizagem de qualidade, começar a traçar um projeto de investigação, pesquisa e formação com o propósito de construir uma proposta para intervir concretamente."

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Oficina Chapeuzinho Vermelho



A partir do conto de fadas Chapeuzinho Vermelho, um dos maiores clássicos da literatura infantil, desenvolvemos uma oficina com os professores de Maravilha para trabalhar alguns dos muitos gêneros textuais. Os profesores da SDR de Maravilha fazem maravilhas. Vejam.


























POEMAS


CHAPEUZINHO VERMELHO ATUAL
Uma menina linda
Que morava na cidade vizinha
Em uma mansão
Com sua mamãezinha.

Certo dia decidiu com amor
Viajar para o interior
Visitar sua avozinha
A pedido da sua mãezinha

À sua avó levou
Um livro que comprou
E várias guloseimas
Que com sua mãe preparou

Com as instruções da mãe
O ônibus pegou
Toda contente
Para lá se mandou

A mãe toda preocupada
por MSN à avó comunicou
Que sua filha animada
Para sua casa viajou

A menina, no ônibus embarcou
E um drama vivenciou
Com uma arma na mão
Um ladrão, um assalto anunciou

A preocupação acabou
Quando um policial se identificou
E no ônibus entrou
E o ladrão pegou

Pela internet
Sua avó soube do acontecido
Sentindo-se aliviada
Pelo desfecho ocorrido

Ao chegar ao seu destino
Emocionada a menina ficou
Saindo correndo pelo caminho
Quando sua avó avistou

Muito empolgada
A menina mostrou
Os presentes que truxe
à avó entregou

Feliz com os doces
Logo provou
E o livro
Ao lado da cama colocou
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Autores: Sandra Giacomelli Trento; Franciele Casa Grande Metz; Antônio Derli Rodrigues da Costa; Marciane Joana Pascoali; Neiva Gaelzer Ohland; Rozeli Werner Bortoncello.
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CHAPEUZINHO VERMELHO EM CHAPECÓ

Uma menina de oito anos de idade
Morava com sua mãe, sem necessidade
Num grande e lindo apartamento
Em Chapecó, uma destacada cidade.

Numa certa manhã de feriado
Sua mãe, que tinha dotes culinários,
Preparou guloseimas de tipos vários
Colocou-os numa frasqueira
E ela, leve e ligeira, também levou um livro embrulhado.

A mãe pediu a sua filha, urgente,
Para visitar a querida avó
Que morava em Chapecó
Levando-lhe alguns presentes.

A mãe levou a filha para pegar o ônibus
Ao retornar passou um e-mail para a avó
Comunicou que sua filha iria visitá-la
Não mais ficaria só, pois iria encontrá-la.

Ansiosa, foi surpreendida por um tarado
Ele tentou agarrá-la e ela gritou.
Um vizinho logo a socorreu
Levou-a até sua avó muito apavorado.

Amenina sentiu-se aliviada
Abraçou sua avó e chorou desesperada
Entregou as guloseimas e o livro "O Solitário"
Simbolizando presente de aniversário.

Telefonou para a mãe e contou o ocorrido
Disse que estava com muito medo
Temia que o bandido estivesse perto, escondido
A mãe disse: - Chapeuzinho, a polícia vai pegar o atrevido.

Após o susto, o ambiente acalmou
A avó, ao abrir a frasqueira, o livro encontrou
Emocionada, com o presente, a neta abraçou
Felizes, comeram doces e tudo terminou.
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Autores: Sandra Giacomelli Trento; Franciele Casa Grande Metz; Antônio Derli Rodrigues da Costa; Marciane Joana Pascoali; Neiva Gaelzer Ohland; Rozeli Werner Bortoncello.
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Nova versão do Conto Chapeuzinho Vermelho

Chapeuzinho Vermelho...e...os últimos acontecimentos...

Era uma vez uma garota que morava numa metrópole com sua mão divorciada.
Bianca, como qualquer adolescente, não aceitava algumas idéias de sua mãe.
Relacionava-se melhor com a sua avó, estilista ultra-moderna. A menina inclusive tinha muita afinidade com ela, fazia alguns esboços e os mandava com freqüência via e-mail.
O último conflito surgiu quando Bianca teve que optar entre a festa de 15 anos e uma viagem a Paris, na casa da avó.
Decidiu viajar acompanhada do namorado maior de idade.
O relacionamento surgiu a partir de um contato virtual e se apaixonou no primeiro momento, pois ele possuía habilidade de envolver emocionalmente.
Viajaram no avião da AIR FRANCE. Durante a viagem quando o rapaz foi ao toalete, Bianca abriu o notebook do companheiro e viu cenas de aliciamento de menores. Neste momento, enviou uma mensagem via e-mail para sua avó.
- Vovó, descobri que meu namorado é um pedófilo.!!! A avó acionou a FBI INTERPOL, AGENTE 007, FORÇA TAREFA, CONSELHO TUTELAR, GESTAR II, SDR, MARINHA E AERONÁUTICA e quando o casal chegou ao aeroporto foram encaminhados ao serviço de inteligência e o moço foi preso.
Finalmente, após a decepção, avó e neta superaram os últimos acontecimentos e voltaram as atenções para o próximo glorioso desfile.
Após o incidente fundaram uma ONG, com a finalidade de alertar e conscientizar quanto ao perigo dos relacionamentos virtuais.

Além dos poemas e conto de fadas também foram produzidos: charge, anedota, anúncio publicitário e notícia.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

PLANTÃO PEDAGÓGICO

Caros colegas cursistas

Neste dia 09/09/2009 estaremos fazendo plantão pedagógico em Pinhalzinho.Qualquer dúvida deixar recado no e-mail wilcanzi@yahoo.com.br ou ligar 88051861.

Um abraço

Wílson

terça-feira, 1 de setembro de 2009

RECADO

Caros colegas

Nosso próximo encontro será dia 02/09/09, no auditório da SDR, o dia todo. Finalizaremos a socialização do encontro passado e estudaremos as duas primeiras unidades do TP1.
Até lá.

Wílson